sábado, 21 de maio de 2016

Mulher Indiana


 Por Lorrane e Mariana 8º ano


Índia  
            Bom, a história da Índia teve início aproximadamente em 3300 a.C., quando a primeira civilização urbana se formou nos arredores do vale no Rio Indu, que origina o nome do país. A Índia se localiza na Ásia e a capital da Índia é a Nova Délhi.












Casamento
            Um ritual nos casamentos indianos é a troca de colares de flores entre os noivos, que representa a união. A henna, que eles usam nos casamentos também e é chamada por eles de Mehndi, é algo que com certeza, não pode faltar. Na cerimônia, a noiva é pintada com henna mãos e nos braços e nos pés e tornozelo. Dizem que quanto mais escura for à pintura mais o marido irá amar a esposa, tendo como sorte também o amor da sogra pela nora. O pensamento de casamento é diferente do nosso, nem sempre é por amor, mas sim para formar uma família. A duração do casamento vai de três a sete dias e o vestido vermelho é o indicado para as noivas. Elas usam muito vermelho com dourado e o branco é reservado para luto, quando a mulher fica viúva ela usará o branco.
            Geralmente a noiva leva uma semana para se aprontar para o casamento. As roupas devem ser cheias de cores por serem mais festivas e ter muito brilho, muitas jóias, muito ouro, não apenas para os noivos como também para os convidados. Diferente da nossa cultura, quem espera o noivo é a noiva. A decoração do altar deve ter flores e tecidos em seda, que podem combinar com a roupa dos noivos.
            Da mesma forma que há no Brasil, na Índia tem paquera, beijos e outras coisinhas a mais, porém a diferença é que não é tão na cara. Quero dizer,você não verá casais nem dando selinho na rua, e muito menos se beijando, conforme vemos no Brasil em vários locais. Além disso, dificilmente verá casais de mãos dadas. Só para vocês entenderem como o sistema é restrito, há uma lei que PROÍBE beijos em locais públicos. No Código Penal Indiano, artigo 377, está escrito: “Proibido pessoas de engajar-se em atos carnais contra a ordem da natureza".






Gravidez
            A prática de abortos seletivos na Índia é comum e as meninas são as escolhidas pelas famílias para não virem ao mundo. De acordo com o senso indiano, a cada mil meninos, nasceram 914 meninas, pior resultado desde 1947. Isso acontece porque, por tradição, na Índia, o filho homem é quem perpetua a linhagem familiar, herda as propriedades e cuida dos pais na velhice. Já com relação às mulheres, o costume é que os pais paguem um dote à família do namorado, no ato do casamento acertado. Esses hábitos fazem com que as famílias optem pelo aborto em muitos dos casos em que, durante a gravidez, se descobre que o bebê será do sexo feminino. Ciente da gravidade do problema, o governo indiano decidiu tomar medidas para frear o aborto de meninas. A primeira delas foi impedir aos médicos de informar aos pais sobre o sexo do bebê, pois as tecnologias atuais ajudavam as famílias que não desejavam crianças meninas, a optarem pelo aborto antecipadamente. Na Índia, o aborto só é permitido por lei até a décima 12ª semana de gravidez, o que não tem tido efeito prático, já que o sexo do feto só pode ser identificado a partir da 14ª semana, derrubando facilmente a restrição da lei dentro deste prazo.
            Apesar disso, desde 1994 existe uma lei específica criminalizando o aborto feito por identificação do feto como sendo do sexo feminino, o que demonstra que o problema já vinha de muitos anos atrás. Outras medidas que fazem parte do pacote de ações do governo para coibir essa prática criminosa, são a proibição da venda de aparelhos de ecografia portáteis e até mesmo outras restrições de exames em laboratórios, todos estão proibidos de revelarem o sexo da criança, exceção feita a casos indispensáveis validados pelo médico responsável. Seguindo a linha do governo, a Suprema Corte da Índia decidiu tomar uma atitude mais forte e ordenou que os sites Google, Yahoo e Microsoft retirem as publicidades de laboratórios que identifiquem o sexo do bebê em exames pré-natal. Outra proibição foi impedir que resultados com este tema aparecessem nos buscadores. Os juízes indianos acreditam que a informação sobre as outras possibilidades de exames laboratoriais, feitos sem a presença do médico responsável, possa servir de maneira para burlar as leis impostas pelo governo e pela Suprema Corte e impedir que essa prática continue.
            As empresas da internet questionaram legalmente a decisão e solicitaram que uma lei mais específica seja feita, o que a Suprema Corte prometeu fazer, mas, por enquanto, elas precisam acatar a decisão até isso aconteça. A Índia é um país enorme e de tradições fortíssimas. Nas cidades pequenas, como em todo interior, a quebra destas tradições antigas é muito difícil de se dissolver mas a esperança é que práticas terríveis como esta, e como muitas outras ao redor do mundo, tenham seus dias contados.






Roupas e acessórios
            Ao longo da história as roupas indianas variam muito de acordo com a região, religião e clima. Uma das principais vestimentas é o Sari, um tipo de roupa feminina, feito a partir de um longo tecido com 6m de comprimento, onde ele é todo enrolado e amarrado no corpo da mulher. Além do Sari, há também o Salwar Kameez, que é um conjunto de túnica e calça de algodão e a Lehenga um traje social, usado em festas e casamentos.
 Outra característica é o Bindi, um acessório que as mulheras colocam na testa. Esse pontinho vermelho que as indianas usam na testa se chama bindi, é parte da herança e cultura. A palavra é derivada de “bindu”, que significa “gota”. Um dos motivos de se utilizar o bindi é a conotação religiosa ou social. Em toda a Índia, muitos acreditam representar o ájnã chakra ou o chakra frontal no meio da testa.
             Além disso, este tradicional pontinho vermelho é geralmente feito de um pó de tom avermelhado que pode ser visto em homens e mulheres.Também chamada de mehendi, a henna é um arbusto que só nasce em regiões quentes e suas folhas, depois de secas e trituradas, servem como base da pasta que se usa para as tatuagens temporárias. Por ser refrescante, a henna também é usada na Índia para aliviar o calor intenso. Basta mergulhar os pés e as maõs. Na Índia, a henna também é usada por homens e mulheres para tingir os cabelos. A tatuagem mais apreciada é formada por desenhos que fecham as mãoscomo luvas e os pés como meias rendadas. Quando uma moça vai se casar na Índia, a família chama um astrólogo para detectar suas dificuldades no futuro casamento. E é a partir destas necessidades que ele escolhe o melhor desenho para tatuá-la. Até que a tatuagem desapareça da pele é costume que a noiva não se preocupe com trabalhos domésticos. A explicação é simples: quanto mais se molha o desenho, mais rápido ele some.





Refeições
            Semelhante às culturas ocidentais, também existem três refeições principais na Índia: café da manhã, almoço e jantar. Quando não se está comendo pratos à base de arroz e curry (uma mistura de especiarias feitas de açafrão-da-índia) come-se pães, frutas e vegetais. As refeições são frequentemente consumidas com os membros da família. Os hábitos alimentares deles ocorrem conforme os horários e preferências de todos. Tradicionalmente, as mulheres preparam os alimentos para a família.






Violência
            Um lugar do mundo onde um grupo de mulheres é condenado desde o nascimento a uma vida de humilhações e de violência. Esse lugar é a Índia, país com um sistema de divisão social bastante rígido: as chamadas castas. Quem nasce na camada mais baixa é chamado de ‘dalit’ ou 'intocável', mas o nome não significa privilégio algum. Os 'intocáveis' não têm direitos e são vítimas de todo tipo de agressão, especialmente as mulheres. Algumas chegam a ser atacadas com ácido. Lugares onde as mulheres nascem com o destino traçado, e o destino é o sofrimento: abusos sexuais, estupros, abortos e abandonos de bebês apenas por serem meninas, mutilações e agressões físicas. Esse é o país chamado de a maior democracia do mundo, com mais de 1,2 bilhão de habitantes, mas que considera muitas de suas mulheres pessoas não respeitáveis.
            Há um ano e meio, um caso bárbaro levou milhares de pessoas a protestar nas ruas das principais cidades da Índia. Ao sair do cinema, na capital Nova Déli, um casal entrou em um ônibus, na frente de um shopping center. Durante a viagem, eles foram espancados por seis homens. Os agressores estupraram a mulher, Jyoti Singh, de 23 anos. Os dois foram jogados do ônibus em movimento e, 13 dias depois, Jyoti morreu. A Índia matou mais de 10 milhões de bebês mulheres nos últimos 20 anos. O Punjab, localizado no nordeste da Índia, tem a maior taxa de nascimento de homens versus mulheres. Segundo o Censo Indiano de 2011, a taxa de nascimento de meninas em relação a de meninos é de 914 para 1000. Isso significa que para cada 1000 meninos, cerca de 70 meninas menores de seis anos são mortas. Ainda segundo o jornal, a diferença de nascimentos entre homens e mulheres é mais discrepante nas áreas mais ricas e com maior índice de educação.
            Você tem a impressão de que existem muito mais homens do que mulheres nas ruas. Mas não necessariamente isso está refletido na população: são 623.7 milhões de homens e 586.5 milhões de mulheres. São 6,3% de homens a mais. Mas a verdade é que não há tantas mulheres nas ruas. Durante o dia, elas andam em grupos. Na estação de trem ou na rodoviária, a impressão que temos é que são cinco mulheres e 1000 homens. Se for à noite, então, não se vê mulheres nenhuma. Existe um provérbio lá que diz “criar uma menina é como regar o jardim do vizinho”. As mulheres são criadas para se casarem. E se casar significa ter um casamento arranjado. E que a família vai ter que bancar uma incrível festa que dura uns três dias e, apesar de ser uma prática criminosa desde 1961, pagar pelo famoso dote. O dote gera outro tipo de crime muito comum: o assassinato de noivas. A maioria dos casos, entretanto, não é sequer reportada à polícia, é tomada como acidente, como jogar uma panela de óleo na noiva e colocar fogo enquanto a sogra “ensina” a nova nora a cozinhar.
            Na rua, homens fazem xixi onde querem, se vestem como querem, falam e riem quando querem. As mulheres são contidas e tímidas. Não podem deixar nada do corpo de fora, nem andar por aí com o cabelo solto. As mulheres são criadas recatadamente para se casarem e ficam trancadas em casa na maior parte do tempo para se preservarem. Isso não resume o país e nem é geral para todos os homens ou mulheres. Afinal, são 1.2 bilhão de habitantes, uma cultura muito rica e cidades lindas e interessantes. Isso, aliás, não é exclusividade da Índia, uma vez que uma micareta no Brasil ou um beco escuro podem gerar o mesmo tipo de relatos. O meu ponto por aqui é que o volume de casos é maior, e muitas vezes a sensação é de que não há nenhuma saída clara para o machismo que impera. As soluções encontradas são separar as filas de homens e mulheres, ter vagões especiais e cadeiras exclusivas nos ônibus e trens ou proibir que o
ultrassom revele o sexo do bebê. São todas medidas necessárias, mas que não mudam uma cultura geral na qual a mulher vale menos, que só gera custos, vai abandonar a família para se casar e, se tiver um bebê mulher, é uma vergonha para a família do marido. E que as estrangeiras são indecentes.






Referências bibliográficas
https://www.google.com.br/webhp?hl=pt-BR
 http://www.ehow.com.br/habitos-alimentares-dultura-indiana-info_3316/
http://www.brasileiraspelomundo.com/india-costumes-indianos2-00136508
http://www.suapesquisa.com/musicacultura/cultura_indiana.htm
http://www.360meridianos.com/2012/01/a-vida-das-mulheres-na-india.html
http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2014/07/pesquisa-da-onu-aponta-que-90-das-indianas-tem-medo-de-sair-na-rua.html
https://www.greenme.com.br/viver/costume-e-sociedade/1655-aborto-de-meninas-na-india
http://www.360meridianos.com/2012/01/a-vida-das-mulheres-na-india.html
http://www.infoescola.com/india/historia-da-india/http://www.suapesquisa.com/paises/india


3 comentários:

  1. Nossa! E eu pensando que a condição da mulher árabe é horrível, a da indiana então, nem se fale! Aqui a sogra é o pior bicho do mundo (é o que dizem), imagina para as noivas lá!? Jogar óleo quente na noiva de propósito e mata-lá, dizendo que foi um mero acidente?! Lá ainda tem suas coisas boas, mas digamos que essas coisas boas são um privilégio masculino. Imagina um casal brasileiro lá? Se beijando no meio da rua e a mulher com as roupas 'normais' para nós na Índia? Acho que não daria certo...
    Belo trabalho, Lorrane e Mariana!!

    ~Beatriz Yasmim~

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  2. Vinicius de Lima Rodes29 de maio de 2016 às 23:36

    Ficou muito bom!!
    Legal os costumes do casamento como trocar os colares, e também gostei de saber que a noiva pode demorar até 1 semana para se preparar para o casamento.
    E preferem o sexo masculino para herdar os bens, e penso apenas por isso!
    Como no Brasil existe roupas e acessórios pela religião.
    Já havia ouvido sobre a violência da mulher na Índia muito ruim...

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  3. O texto ficou ótimo,Parabéns.
    Vocês fizeram um texto muito bom,falaram de varias informações da mulher na Índia ,como o casamentos e a gravidez e apresentaram informações que eu não conhecida.
    Mayara Galimberte 6 ano

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